sábado, 3 de novembro de 2012

Histerosalpingografia


Este exame é normalmente utilizado para examinar exaustivamente o útero e as trompas de Falópio. A histerossalpingografia (HSG) consiste numa radiografia do útero (histero) e das trompas (salpingo). Através da combinação do exame radiológico com o  líquido de contraste que é introduzido através dos órgãos reprodutores da mulher, a HSG constitui o melhor método para observar o funcionamento interno dos órgãos.

Motivo para o exame

A histerossalpingografia permite ao médico verificar se as trompas de Falópio estão desobstruidas ou se estão dilatadas ou obstruídas. Este exame permite ainda uma avaliação da dimensão, da forma e da estrutura do útero.

O exame

A histerossalpingografia é normalmente realizada na secção de radiologia e demora aproximadamente 15 minutos. A radiografia em si é muito rápida, mas os preparativos, nomeadamente a introdução dos instrumentos, demoram mais tempo. Este exame implica a utilização de vários instrumentos. Porém, o primeiro passo é sempre igual: é introduzido um espéculo e o colo uterino é desinfectado, geralmente com iodo. Seguidamente, é utilizado um pequeno par de fórceps para imobilizar o colo uterino, o que pode provocar uma sensação de picada.
Depois, com a ajuda de outro instrumento, é introduzido um contraste radiológico, oleoso ou aquoso, no útero através do colo uterino. Quando a pressão aumenta, este líquido desloca-se ao longo das trompas de Falópio e eventualmente até à cavidade abdominal, o que permite examinar a forma e a estrutura da cavidade uterina, bem como verificar se as trompas de Falópio estão ou não obstruídas. A pouco e pouco, vão sendo realizadas várias radiografias para acompanhar o percurso do líquido; os resultados são chamados frequentemente de “fill and spill”, dado que o líquido de contraste enche (“fill”) a cavidade e espalha-se (“spill”) através das extremidades das trompas, confirmando se estas se encontram obstruídas (ou não). Durante o exame, as trompas podem por vezes contrair-se, criando uma falsa imagem de obstrução. Por este motivo, os resultados só serão conclusivos se o exame decorrer normalmente. Se a HSG revelar anomalias, será posteriormente realizada uma operação visual para confirmar ou refutar os resultados.
Entre os possíveis efeitos secundários contam-se:
  • cãibras (semelhantes às dores menstruais)
  • hemorragia vaginal (geralmente de curta duração)
  • tonturas ou, por vezes, desmaio mas de curta duração
Em casos muitos raros, poderão surgir complicações, tais como:
  • reacção alérgica ao contraste
  • infecção
Por vezes, são receitados antibióticos para evitar infecções resultantes do exame. A paciente poderá ser também aconselhada a tomar previamente um analgésico (por ex. ibuprofeno), que reduzirá o desconforto. Nalguns casos há um “efeito secundário” favorável, devido à HSG, porque existe indícios de que o próprio exame aumenta a fertilidade, especialmente se for utilizada uma solução à base de óleo e não de água. Segundo os especialistas, a HSG pode desobstruir e possivelmente distender as trompas de Falópio, estimular os seus cílios ou melhorar a qualidade do muco cervical. Os médicos estão actualmente a investigar mais aprofundadamente este fenómeno.


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