sábado, 3 de novembro de 2012

Amamentação e Cuidados


Muitas pessoas, inclusive mães, acreditam na falsa ideia que o leite materno não é tão importante assim e pode facilmente ser substituído por outros tipos de leite, porém engana-se completamente quem pensa e age dessa maneira. O leite da mãe é extremamente importante para a alimentação de um bebe e deve ser o único a ser consumido pelo menos até os seis meses de vida da criança.
Muitas vezes a preocupação estética acaba influenciando fortemente na hora de uma mãe cuidar de seu filho, mas a partir do momento em que uma mulher se torna uma mãe não há como mudar o rumo natural das coisas, e existem milhares de métodos que ajudam as mulheres a se manterem em forma mesmo durante a amamentação e pelo lado positivo a mulher que amamenta tem mais chances de emagrecer mais rapidamente e voltar ao corpo normal antes da gravidez.
Nos primeiros meses de vida o bebe não precisa de outra coisa a não ser o leite materno porque o próprio leite possui tudo o que uma criança dessa idade necessita para crescer forte e saudável como: proteína, cálcio, água, vitaminas, entre outros nutrientes que asseguram o bom funcionamento dos anticorpos infantis, formam o sistema imunológico e fortificam o organismo de um bebê que permanecerá saudável por toda a sua vida. Sem contar que é através da amamentação que o neném cria o seu vínculo emotivo com a mãe porque o grau de intimidade que uma criança tem com sua mãe enquanto mama é extremamente único. Portanto não abra mão da saúde de seu filho e de sua maior função como mãe, não deixe de amamentar pelo menos até o período necessário para que sua criança cresça saudável e protegida pelo seu amor de mãe.
A preparação das mamas deve acontecer ainda durante a gestação. É nessa fase que as mamães de primeira viagem devem começar a aprender tudo o que envolve o aleitamento. “A mãe pode, inclusive, procurar um pediatra durante a gestação para se interar sobre a importância da amamentação, a alimentação do bebê e os cuidados que deve tomar”, orienta a Dra. Maria José Mattar.
Existem algumas técnicas que podem ser usadas para fortalecer o bico do peito e estimular as glândulas mamárias. Tudo para evitar probleminhas na hora da amamentação.
A regra número um é lavar o bico do peito apenas com água. Não utilize sabonete. Eles já têm uma hidratação natural ideal que deve ser preservada.
O banho de sol é um dos melhores procedimentos para preparar os seios. Tome de 10 a 15 minutos de sol no seio todos os dias, antes das 10 da manhã ou depois das 3 da tarde. Dependendo do seu tipo de pele e da intensidade do sol, você pode aumentar ou diminuir um pouco esse tempo. Se não tiver como tomar sol, você poderá utilizar uma lâmpada comum com a mesma finalidade. O calor do sol e da lâmpada deixa a pele mais resistente.
As massagens também são simples de serem feitas e bastante indicadas pelos médicos. Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da base até o bico, como se fosse uma ordenha. Repita o movimento cinco vezes com delicadeza, mas com energia. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. Esse procedimento ajuda na “descida” do leite e pode ser repetido uma ou duas vezes por dia.
As mulheres com o bico do seio invertido devem fazer uma massagem específica para estimular a saída do bico para fora. Muitas vezes, durante a gestação ele sai naturalmente, caso isso não ocorra, a gestante deve fazer a seguinte massagem: segure a extremidade do bico com o polegar e o indicador e rode os dedos, como se estivesse aumentando o volume do rádio.
FISSURAS E RACHADURAS NOS SEIOS
Geralmente, acontecem devido á pega incorreta, ou seja, o bebê suga o mamilo em vez de sugar a aréola do seio.
Algumas vezes, pode acontecer saída de sangue pelos mamilos, mais na primeira semana de amamentação, devido ao aumento de fluxo sanguíneo na região da mama,  ou crescimento do tecido que produz o leite.
MASTITE
A mastite é uma inflamação da mama. Ela ocorre quando o leite materno entope o ducto mamário,  causando obstrução, inflamação local e, algumas vezes, infecção.
Os seios apresentam vermelhidão, grande sensibilidade, ficam inchados e quentes. A mastite também podem apresentar sinais como: calafrios, febre acima de 38,5 e fadiga.
COMO TRATAR:
Antes de mais nada, procure cuidar de você, mamãe! 
* Sol por 15 minutos, todos os dias, vai auxiliar na cicatrização;
Passe Leite Materno onde está rachado ou fissurado, distribuindo com o dedo limpo o LM na aréola e mamilos. Deixar secar naturalmente. Ao dar o seio ao bebê, procure limpar com uma gaze úmida em água filtrada.
* Faça massagens nos seios para evitar o acúmulo de leite nos ductos mamários. O ideal é que a massagem seja realizada durante o banho quente.
* Se notar que o leite pode começar a “empedrar”, faça compressas de água quente e prepare-se, pois seu leite vai aumentar!
*Amamente e amamente, principalmente no seio machucado, pois a sucção do bebê auxilia a esvaziar as mamas e recuperar o tecido lesionado. Se sentir muita dor, alterne os seios em menor tempo.
*Nos primeiros dias vai sentir dores até no abdome quando o bebê sugar. Mamães que tiveram o bebê através de cirurgia vão sentir mais dores, pois mistura-se a dor da contração do útero, enquanto volta a seu tamanho normal, com a dor no local da incisão.
*Dar mamadeira é o pior que pode fazer. Isso apenas fará o problema piorar ainda mais. Além de causar certa separação do bebê com a mamãe. nesse momento, ele precisa antes de tudo de seu acolhimento, e você do dele.
*Utilize soutien de algodão, macios, e com abertura para os bicos.
*Utilize um sling, e peça para o papai também praticar esse método.
* Em caso de mastite, consulte o médico pois será necessária a administração de antibióticos ou anti-inflamatórios. Porém, mesmo assim, não deixe de amamentar!
* Passe pomada natural de calêndula nos seios, que é cicatrizante, hidratante e sua recuperação é quase imediata.
1as. POSIÇÕES
A pega correta do seio da mamãe pelo bebê é muito importante nessa hora.
Arrume uma almofada para apoiar suas costas, coloque um travesseiro no colo.
Levante um pouco os joelhos, e ajeite o bebê.
Não se abaixe curvando a coluna e, sim, aproxime a cabeça dele, segurando para que fique mais alta que o resto do corpo.
A língua deve ficar por baixo do mamilo.
Ajeite para  que toda a auréola seja preenchida.
Para crianças hipotônicas, sem firmeza no corpo, ou com outra característica especial, o melhor é sentá-la sobre as coxas da mamãe, frente a frente.
Com uma mão, apóie a cabeça, com a outra, ofereça a mama.
Se o bebê apresentar dificuldades para sugar tente, antes de tudo, a RELACTAÇÃO , que alimenta sem cansar o bebê.
Se possível, utilize leite materno ordenhado, que ainda garante proteção e força imunológica, vitalidade, todos os nutrientes essenciais e Água.
Caso seja necessário dar a mamadeira, segure com firmeza, bem inclinada (quase em pé), para que o bico fique cheio de leite, sem o risco de o bebê engolir ar.
Teste o bico, e veja se o furo não está muito estreito ou muito largo.
Não deixe que jogue a cabeça para trás.
Coloque no colo, massageando as costas, para que arrote. Não o coloque para deitar sem arrotar.
Siga as mesmas posições da amamentação no seio, e mais essas:
Sentar o mais para trás da cadeira possível.
Colocar almofadas na parte inferior das costas e sentar ereta.
Colocar os pés apoiados , em uma  banqueta por exemplo , para elevar a altura dos joelhos.
Colocar o bebê sobre uma almofada no colo para aproximá-lo da mamãe.
As modificações para amamentação incluem posicionar a mãe em decúbito lateral.

 Amamentação em situações de Emergência
Em 2009, durante a Semana Mundial de Amamentação, a WABA (World Alliance for Breastfeeding Action), em conjunto com a IBFAN (Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar), promoveu campanhas direcionadas ao grande contingente de bebês e crianças que vivem em situações de risco eminente no mundo todo.
Uma emergência é uma situação anormal e extrema que coloca imediatamente em risco a saúde e a sobrevivência de uma população.
Por que amamentar é vital nas emergências?
Nenhum lugar está “imune” a situações de emergência.
A amamentação é um escudo que protege os bebês nas emergências.
O leite materno é a única fonte segura e protetora de alimentação para bebês, disponível instantaneamente, que oferece proteção real contra doenças e mantém o bebê aquecido e junto da mãe.
Proteger, promover e apoiar a amamentação exclusiva durante os primeiros 6 meses e a continuidade da amamentação junto com alimentos complementares adequados e seguros, até os 2 anos de idade ou mais, proporcionam uma proteção excelente em ambientes cheios de riscos.

Doações “generosas”: mais danos que benefícios!
Durante a resposta ao terremoto na Indonésia, em 2006, a distribuição de fórmula infantil doada a crianças menores de 2 anos de idade levou ao aumento de seu uso entre bebês amamentados.
A predominância de diarreia dobrou entre as crianças que receberam as doações de fórmula  infantil (25%) em comparação aos que não as receberam (12%).
A indústria de alimentos infantis pode encarar as emergências como “oportunidades” de entrar nos mercados e fortalecê-los, ou como exercício de relações públicas.
As pessoas e as organizações não-governamentais (ONG), com base num real desejo de ajudar e por desconhecer os riscos à saúde, também costumam doar fórmulas infantis, outros alimentos que substituem o leite materno e itens para alimentação infantil.
As agências humanitárias e outras podem receber e distribuir doações sem saber do aumento nos riscos à saúde e sobrevida das crianças.
Muitas violações ao Código, associadas às doações de fórmulas infantis e itens para alimentação infantil, foram registradas em situações de emergência. Estas violações foram perpetradas por ONG internacionais e nacionais, governos, militares e outras pessoas.
Baixa produção de leite
A liberação da ocitocina pode ocorrer também em resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranqüilidade.
Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo e a falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação.
A secreção de leite aumenta de menos de 100 ml/dia no início para aproximadamente 600 ml no quarto dia, em média.
O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a demanda da criança.
Em média, é de 850 ml por dia na amamentação exclusiva.
A taxa de síntese de leite após cada mamada varia, sendo maior quando a mama é esvaziada com freqüência.
Em geral, a capacidade de produção de leite da mãe é maior que o apetite de seu filho.
A capacidade de armazenamento da mama varia entre as mulheres e pode variar entre as duas mamas de uma mesma mulher.
A grande maioria das mulheres tem condições biológicas de produzir leite suficiente para atender a demanda de seu filho.
No entanto, “leite fraco” ou “pouco leite” é o argumento mais freqüentemente citado para a introdução de complementos, que pode culminar com o desmame.
A queixa de “pouco leite” muitas vezes é uma percepção errônea da mãe, alimentada pela insegurança quanto à sua capacidade de nutrir plenamente o bebê, desconhecimento do comportamento normal de um bebê (que costuma mamar com freqüência) e opiniões negativas de pessoas próximas.
Qualquer fator materno ou da criança que limite o esvaziamento das mamas pode causar uma diminuição na síntese do leite, por inibição mecânica e química.
 Amamentar é a sensação mais gostosa desse Mundo..


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