Muitas pessoas, inclusive mães, acreditam na falsa ideia que o leite
materno não é tão importante assim e pode facilmente ser substituído por outros
tipos de leite, porém engana-se completamente quem pensa e age dessa maneira. O
leite da mãe é extremamente importante para a alimentação de um bebe e deve ser
o único a ser consumido pelo menos até os seis meses
de vida da criança.
Nos primeiros meses de vida o bebe
não precisa de outra coisa a não ser o leite materno porque o próprio leite
possui tudo o que uma criança dessa idade necessita para crescer forte e
saudável como: proteína, cálcio, água, vitaminas, entre outros nutrientes que
asseguram o bom funcionamento dos anticorpos infantis, formam o sistema
imunológico e fortificam o organismo de um bebê que permanecerá saudável por
toda a sua vida. Sem contar que é através da amamentação que o neném cria o seu
vínculo emotivo com a mãe porque o grau de intimidade que uma criança tem com
sua mãe enquanto mama é extremamente único. Portanto não abra mão da saúde de
seu filho e de sua maior função como mãe, não deixe de amamentar pelo menos até
o período necessário para que sua criança cresça saudável e protegida pelo seu
amor de mãe.
A preparação das mamas deve acontecer ainda durante a gestação. É nessa
fase que as mamães de primeira viagem devem começar a aprender tudo o que
envolve o aleitamento. “A mãe pode, inclusive, procurar um pediatra durante a
gestação para se interar sobre a importância da amamentação, a alimentação do
bebê e os cuidados que deve tomar”, orienta a Dra. Maria José
Mattar.
Existem algumas técnicas que podem ser usadas para fortalecer o bico do
peito e estimular as glândulas mamárias. Tudo para evitar probleminhas na hora
da amamentação.
A regra número um é lavar o bico do peito apenas com água. Não utilize
sabonete. Eles já têm uma hidratação natural ideal que deve ser
preservada.
O banho de sol é um dos melhores procedimentos para preparar os seios.
Tome de 10 a 15 minutos de sol no seio todos os dias, antes das 10 da manhã ou
depois das 3 da tarde. Dependendo do seu tipo de pele e da intensidade do sol,
você pode aumentar ou diminuir um pouco esse tempo. Se não tiver como tomar sol,
você poderá utilizar uma lâmpada comum com a mesma finalidade. O calor do sol e
da lâmpada deixa a pele mais resistente.
As massagens também são simples de serem feitas e bastante indicadas pelos
médicos. Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da
base até o bico, como se fosse uma ordenha. Repita o movimento cinco vezes com
delicadeza, mas com energia. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma
embaixo do seio. Esse procedimento ajuda na “descida” do leite e pode ser
repetido uma ou duas vezes por dia.
As mulheres com o bico do seio invertido devem fazer uma massagem
específica para estimular a saída do bico para fora. Muitas vezes, durante a
gestação ele sai naturalmente, caso isso não ocorra, a gestante deve fazer a
seguinte massagem: segure a extremidade do bico com o polegar e o indicador e
rode os dedos, como se estivesse aumentando o volume do rádio.
FISSURAS
E RACHADURAS NOS SEIOS
Geralmente, acontecem devido á pega incorreta, ou seja, o bebê suga o
mamilo em vez de sugar a aréola do seio.
Algumas vezes, pode acontecer saída de sangue pelos mamilos, mais na
primeira semana de amamentação, devido ao aumento de fluxo sanguíneo na região
da mama, ou crescimento do tecido que produz o leite.
MASTITE
A mastite é uma inflamação da mama. Ela ocorre quando o leite materno
entope o ducto mamário, causando obstrução, inflamação local e, algumas vezes,
infecção.
Os seios apresentam vermelhidão, grande sensibilidade, ficam inchados e
quentes. A mastite também podem apresentar sinais como: calafrios, febre acima
de 38,5 e fadiga.
COMO
TRATAR:
Antes
de mais nada, procure cuidar de você, mamãe!
* Sol por 15 minutos, todos os dias, vai auxiliar na
cicatrização;
* Passe
Leite Materno onde está rachado ou fissurado, distribuindo com o dedo limpo o LM
na aréola e mamilos. Deixar secar naturalmente. Ao dar o seio ao bebê, procure
limpar com uma gaze úmida em água filtrada.
* Faça massagens nos seios para evitar o acúmulo de leite nos ductos
mamários. O ideal é que a massagem seja realizada durante o banho
quente.
* Se notar que o leite pode começar a “empedrar”, faça compressas de água
quente e prepare-se, pois seu leite vai aumentar!
*Amamente e amamente, principalmente no seio machucado, pois a sucção do
bebê auxilia a esvaziar as mamas e recuperar o tecido lesionado. Se sentir muita
dor, alterne os seios em menor tempo.
*Nos primeiros dias vai sentir dores até no abdome quando o bebê sugar.
Mamães que tiveram o bebê através de cirurgia vão sentir mais dores, pois
mistura-se a dor da contração do útero, enquanto volta a seu tamanho normal, com
a dor no local da incisão.
*Dar mamadeira é o pior que pode fazer. Isso apenas fará
o problema piorar ainda mais. Além de causar certa separação do bebê com a
mamãe. nesse momento, ele precisa antes de tudo de seu acolhimento, e você do
dele.
*Utilize soutien de algodão, macios, e com abertura para os
bicos.
*Utilize um sling, e peça para o papai também praticar esse
método.
* Em caso de mastite, consulte o médico pois será necessária a
administração de antibióticos ou anti-inflamatórios. Porém, mesmo assim, não
deixe de amamentar!
* Passe pomada natural de calêndula nos seios, que é cicatrizante,
hidratante e sua recuperação é quase imediata.
1as. POSIÇÕES
A pega correta do seio da mamãe pelo bebê é muito importante nessa
hora.
Arrume uma almofada para apoiar suas costas, coloque um travesseiro no
colo.
Levante um pouco os joelhos, e ajeite o bebê.
Não se abaixe curvando a coluna e, sim, aproxime a cabeça dele, segurando
para que fique mais alta que o resto do corpo.
A língua deve ficar por baixo do mamilo.
Ajeite para que toda a auréola seja preenchida.
Para
crianças hipotônicas, sem firmeza no corpo, ou com outra característica
especial, o melhor é sentá-la sobre as coxas da mamãe, frente a
frente.
Com uma mão, apóie a cabeça, com a outra, ofereça a mama.
Se o bebê apresentar dificuldades para sugar tente, antes de tudo, a
RELACTAÇÃO , que alimenta sem cansar o bebê.
Se possível, utilize
leite materno ordenhado, que ainda garante proteção e força
imunológica, vitalidade, todos os nutrientes essenciais e Água.
Caso seja necessário dar a mamadeira, segure com firmeza, bem inclinada
(quase em pé), para que o bico fique cheio de leite, sem o risco de o bebê
engolir ar.
Teste o bico, e veja se o furo não está muito estreito ou muito
largo.
Não deixe que jogue a cabeça para trás.
Coloque no colo, massageando as costas, para que arrote. Não o coloque
para deitar sem arrotar.
Siga as mesmas posições da amamentação no seio, e
mais essas:
Sentar o mais para trás da cadeira possível.
Colocar almofadas na parte inferior das costas e sentar
ereta.
Colocar os pés apoiados , em uma banqueta por exemplo , para elevar a
altura dos joelhos.
Colocar o bebê sobre uma almofada no colo para aproximá-lo da
mamãe.
As modificações para amamentação incluem posicionar a mãe em decúbito
lateral.
Amamentação
em situações
de Emergência
Em 2009, durante a Semana
Mundial de Amamentação, a WABA (World Alliance for Breastfeeding
Action), em conjunto com a IBFAN (Rede Internacional em Defesa do Direito de
Amamentar), promoveu campanhas direcionadas ao grande contingente de bebês e
crianças que vivem em situações de risco eminente no mundo
todo.
Uma emergência é uma situação anormal e extrema que coloca imediatamente
em risco a saúde e a sobrevivência de uma população.
Por
que amamentar é vital
nas emergências?
Nenhum lugar está “imune” a situações de emergência.
A amamentação é um escudo que protege os bebês nas
emergências.
O leite materno é a única fonte segura e protetora de alimentação para
bebês, disponível instantaneamente, que oferece proteção real contra doenças e
mantém o bebê aquecido e junto da mãe.
Proteger, promover e apoiar a amamentação exclusiva durante os primeiros 6
meses e a continuidade da amamentação junto com alimentos complementares
adequados e seguros, até os 2 anos de idade ou mais, proporcionam uma proteção
excelente em ambientes cheios de riscos.
Doações
“generosas”: mais danos que benefícios!
Durante a resposta ao terremoto na Indonésia, em 2006, a distribuição de
fórmula infantil doada a crianças menores de 2 anos de idade levou ao aumento de
seu uso entre bebês amamentados.
A predominância de diarreia dobrou entre as crianças que receberam as
doações de fórmula infantil (25%) em comparação aos que não as receberam
(12%).
A indústria de alimentos infantis pode encarar as emergências como
“oportunidades” de entrar nos mercados e fortalecê-los, ou como exercício de
relações públicas.
As
pessoas e as organizações não-governamentais (ONG), com base num real desejo de
ajudar e por desconhecer os riscos à saúde, também costumam doar fórmulas
infantis, outros alimentos que substituem o leite materno e itens para
alimentação infantil.
As agências humanitárias e outras podem receber e distribuir doações sem
saber do aumento nos riscos à saúde e sobrevida das crianças.
Muitas violações ao Código, associadas às doações de fórmulas infantis e
itens para alimentação infantil, foram registradas em situações de emergência.
Estas violações foram perpetradas por ONG internacionais e nacionais, governos,
militares e outras pessoas.
Baixa
produção de leite
A liberação da ocitocina pode ocorrer também em resposta a estímulos
condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem
emocional, como motivação, autoconfiança e tranqüilidade.
Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo e a
falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando a
lactação.
A secreção de leite aumenta de menos de 100 ml/dia no início para
aproximadamente 600 ml no quarto dia, em média.
O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo
com a demanda da criança.
Em média, é de 850 ml por dia na amamentação exclusiva.
A taxa de síntese de leite após cada mamada varia, sendo maior quando a
mama é esvaziada com freqüência.
Em geral, a capacidade de produção de leite da mãe é maior que o apetite
de seu filho.
A capacidade de armazenamento da mama varia entre as mulheres e pode
variar entre as duas mamas de uma mesma mulher.
A
grande maioria das mulheres tem condições biológicas de produzir leite
suficiente para atender a demanda de seu filho.
No entanto, “leite fraco” ou “pouco leite” é o argumento mais
freqüentemente citado para a introdução de complementos, que pode culminar com o
desmame.
A queixa de “pouco leite” muitas vezes é uma percepção errônea da mãe,
alimentada pela insegurança quanto à sua capacidade de nutrir plenamente o bebê,
desconhecimento do comportamento normal de um bebê (que costuma mamar com
freqüência) e opiniões negativas de pessoas próximas.
Qualquer
fator materno ou da criança que limite o esvaziamento das mamas pode causar uma
diminuição na síntese do leite, por inibição mecânica e
química.
Amamentar
é a sensação mais gostosa desse
Mundo..
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